segunda-feira, 28 de abril de 2008

Münster

Nesse último fim de semana o pessoal da AIESEC de Münster preparou uma recepção, da qual participei. Na verdade, fomos TODOS os trainees de Koblenz pra lá, isto é, o Aytekin, a Jin e eu...

Chegando à cidade, na manhã de sábado, fomos recepcionados pelos AIESECos locais e levados até a faculdade, onde tomamos um belo café da manhã. De lá, iniciamos nosso passeio pelo centro de Münster, passando também pelo Residenzschloss, uma residência de estilo barroco, construída entre 1767 e 1787, onde residiam os príncipes-bispos de Münster.



Depois pegamos um ônibus em direção ao sudeste da cidade, onde visitamos (por dentro) a Drostenhof, uma mansão em estilo renascentista erguida em meados do século 16.







Fizemos então uma pequena pausa, na qual alguns foram descansar, outros fazer compras e nós...


Aliás, só esse pequeno grupo já é bem “heterogênio”. Da esquerda para a direita temos um brasileiro, um tcheco, um mexicano, um suíço, um australiano e um turco.

Nos encontramos então novamente na universidade (melhor dizendo, no prédio conhecido como Juridicum, pois a faculdade tem prédios espalhados por toda a cidade) e jantamos pizza. Em seguida, já quase 19h, iniciamos um passeio assistidos um guia nada convencional. O mesmo trajava roupas de Nachtwächter, que vem a ser o termo alemão para os antigos vigilantes noturnos, que tinham por missão manter a ordem nas noites da cidade, bem como, em uma cidade como Münster séculos atrás, onde as casas eram feitas de madeira, prevenir que incêndios se alastrem.




Munido de sua alabarda (arma típica dos guardas de castelos e palácios), sua corneta (para dar alertas, em caso de incêndio principalmente) e sua lanterna, ele iniciou o passeio nos mostrando a Rathaus (prefeitura), que na verdade teve de ser praticamente inteira reconstruída após a Segunda Guerra. A mesma sediou em 15 de maio de 1648 a assinatura de parte do tratado de Vestfália, o acordo de paz que marcou o final da Guerra dos Trinta Anos.


A prefeitura fica Prinzipalmarkt, onde é possível notar diversas casas que foram reconstruídas em estilo medieval.


E ainda na Prinzipalmarkt tem a peculiar igreja Lambertikirche, onde no topo encontram-se gaiolas onde eram expostos os criminosos.



E ainda nas redondezas, o Immunitätsmauer, muro construído entre 1270 e 1280 para separar a classe privilegiada dos cidadãos comuns.


Paramos então em uma pequena praça, onde o guia nos contou um pouco mais sobre a vida dos vigilantes noturnos e a história de Münster – sempre se fazendo passar por um, dando um ar muito interessante ao passeio. Foi então que ele disse estar com fome, e tirou de sua mochila um pano que embrulhava fatias de pão, que ele ofereceu a todos. Acho que nunca comi um pão tão ruim em minha vida... Quando todos já haviam provado (e escondiam suas caras de reprovação) ele explicou o pão branco era privilégio dos ricos. Os pobres cidadãos comuns tinham que se contentar com o pão escuro, que era mais barato (e pelo jeito detestável).


Seguimos o passeio e avistamos o rio Aa, que deságua no Aasee. Segundo ele, no passado, o local tinha um cheiro terrível. Não bastasse o que era deixado pelas ruas pelos milhares de animais que vagavam livremente e era levado pela chuva até o rio, era costume dos moradores, pela manhã, esvaziarem seus penicos no rio. Não por acaso as casas eram normalmente construídas de costas para o rio.


Terminamos nosso passeio na Dom St. Paulus (ou catedral de São Paulo), cujas torres podem ser vistas de longe. Essa catedral é tida como a mais preciosa atração de Münster. Construída em 1225-65 em um estilo de transição entre românico tardio e gótico primitivo, ela conta ainda com um conhecido tesouro: um relógio astronômico, datado de 1540, que ao meio dia mostra, com figuras animadas, os Reis Magos prestando homenagem ao menino Jesus ao som de sinos.


Tiramos então uma foto do grupo todo em frente à catedral.


Já no dia seguinte, após novamente café da manhã juntos, fomos ao lago Aasee, onde andamos de pedalinho. O tempo colaborou bastante!





E mais uma foto do grupo, dessa vez em frente ao lago.



quarta-feira, 23 de abril de 2008

Fotos de Wroclaw

Minha câmera fotográfica finalmente encontra-se em mãos! Na verdade já chegou faz quase uma semana, mas não tive tempo de publicar as fotos antes. Segue então um pouco sobre Wroclaw.

Primeiros nos encontramos todos numa faculdade, onde degustamos algumas comidas típicas da Polônia e tivemos algum tempo para nos conhecer. De lá, fizemos um passeio pela cidade.










A terceira foto trata-se da Ponte Grunwaldzki. Nas últimas duas fotos se encontram a catedral, no mais antigo distrito da cidade e uma típica lâmpada a gás, pois estas foram mantidas originais nessa região e são acesas, uma a uma, todas as noites.

No dia seguinte, com auxilio de uma guia turística, prosseguimos com nosso passeio, passando pelo histórico prédio da prefeitura, construído no típico estilo Gótico Báltico.



E também essa igreja, onde se encontra a ponte mais alta de Wroclaw. Existe uma lenda de uma mulher que recusou todos os homens que se ofereceram para casar com ela e acabou morrendo solteira. Dizem que, durante a noite, é possível ver um vulto, vestido de noiva, andando pela ponte. De qualquer forma o local fornece uma boa vista da cidade. Portanto subimos para conferir.





E como não podia deixar de ser, há também em Wroclaw uma estátua que dá sorte. Para tanto, deve-se esfregar os dentes do castor.


E tinha também esse curioso bar, que dizem ser o primeiro da cidade – portanto muito antigo – cuja estátua sob a porta diverte aos mais atentos. Perceba quão bêbado encontra-se o sujeito e qual a reação de sua esposa.


Em julho de 1997 a cidade sofreu uma grande enchente, que gerou muitos danos. Numa das praças principais, o piso teve de ser reconstruído e com aproveitaram para desenhar o brasão da cidade. O mesmo é formado por quatro quadrantes: no superior direito a águia da Silésia (estado polonês onde a cidade se encontra); no superior esquerdo o leão que representa o Reino da Bohemia (que é o leste da República Checa); no inferior esquerdo o “W”, que representa tanto o nome latino da cidade (Wratislavia) quanto o nome do fundador, Wrocislaw; no inferior direito, a figura de São João Evangelista; ao centro encontra-se São João Baptista. Logo abaixo do brasão encontra-se o ano da enchente, data também da realização dessa obra.


Outra praça é famosa por suas floriculturas (a Plac Solny), que ficam abertas 24h. Se o sujeito da estátua acima soubesse...



Abaixo seguem fotos da Universidade de Wroclaw, onde também se encontra a Politécnica de Wroclaw (Politechnika Wrocławska). Na entrada da universidade, as quatro estátuas simbolizam como um aluno deve ser, ou seja, da esquerda para a direita: bravo (corajoso); forte; honesto (sempre dizer a verdade); e conhecer/respeitar seus limites.



Abaixo algumas fotos dentro da universidade. As últimas duas tiradas na sala conhecida como “Aula Leopoldina”.





E mais uma lenda urbana. Na foto abaixo se pode perceber uma estátua de uma cabeça masculina. Dizem que em frente a esta igreja havia uma casa, onde morava uma linda jovem. A mesma namorava um rapaz, namoro que era reprovado por seu pai. Certo dia o sujeito foi até a casa de sua amada para pedir a seu pai sua mão em casamento. O pedido foi obviamente negado e, furioso, ele ateou fogo na casa e subiu na torre da igreja para contemplar seu feito. Como castigo divino, ele foi transformado em pedra.



Ao fim da tarde visitamos um famoso jardim, orgulho da cidade. No entanto estávamos ainda no fim do inverno. Portanto não havia muito para ser visto. Contam os locais que a paisagem das flores, na primavera, é realmente fascinante. Abaixo uma foto com meu amigo Luis (que esta morando em Wroclaw), em frente ao lago desse jardim.


No dia seguinte fomos jogar Paintball. O lugar era MUITO longe. Depois de pegar um bonde e um ônibus, pegamos ainda uma carona numa van que nos levava até o local. Seguem fotos.




Na volta do Paintball fizemos nossa última atividade cultural, visitando o Panorama Raclawicka, uma divisão do Museu Nacional de Wroclaw. Lá se encontra uma relíquia do século 19: uma pintura circular de 15 metros de altura e 120 de perímetro (que para quem não sabe o que significa, viria a ser o comprimento, caso não fosse circular), que comemora a batalha de Raclawice, em 4 de abril de 1794. A batalha, contra as tropas russas, foi vencida pelos poloneses. A pintura retrata um momento da batalha, do ponto de vista de alguém que se encontraria bem ao centro, mostrando precisamente como ela foi vencida.

Infelizmente não podíamos tirar foto lá dentro. Tenho apenas uma foto no lado de fora do museu.



Ficou faltando apenas mencionar a curiosa arte que circunda a cidade. A começar pelas cômicas estátuas de Duendes por todos os lados. Pendurados em postes de luz, em pequenas esculturas no chão ou em alguma janela ou ainda perdidos longe do alcance da vista, “lavando roupa” no rio, essas estatuas realmente divertem os turistas.






Ou ainda essa fazenda, que diz a guia que começou com apenas uma animal e, com o passar do tempo, outros escultores foram adicionando mais alguns.


Ou essa na parede, que ainda não entendi se era mesmo arte de artista ou arte de criança.


Mas a que sempre gera mais discussão é sem dúvidas essa, intitulada “Faça você mesmo” (Do it your self).


Bom, ai está um pouco sobre essa cidade que, como disse, merece uma visita.