quarta-feira, 28 de maio de 2008

Maiorca

O dia de Corpus Christi, assim como os demais feriados católicos, também é celebrado na Alemanha. Tirei a quarta de folga e viajei com alguns amigos para a maravilhosa e ensolarada ilha espanhola de Maiorca.

“Malotza”, para os alemães já em grau alcoóli
co mais avançado ou “Malle”, apelido carinhoso dado pelos mesmos é considerada extra-oficialmente a 17º estado alemão. Isso porque é realmente incrível o número de alemães que se pode encontrar nessa ilha, principalmente durante um feriado prolongado em pleno verão.

A viagem já estava planejada há um bom tempo. Empresas de turismo alemãs fazem pacotes promocionais incluindo vôo, transporte de ida e volta até o aeroporto daqui, transporte ide e volta no aeroporto de lá e hotel, com café da manhã e almoço “all-you-can-eat” inclusos. E foi um desses pacotes que comprei, junto com outros 3 amigos, todos alemães.

Já na chegada a p
rimeira surpresa. O hotel chamava-se Solimar.



Mas o hotel estava fechado e não havia ninguém por lá!! O que aconteceu é que o hotel foi fundido com outro, do outro lado do quarteirão e a porta de entrada era no hotel San Diego, o que descobri perguntando em portunhol, mas recebendo a resposta em alemão.


Pra quem ainda não acredita na força da presença alemã na ilha, precisa assistir a previsão do tempo aqui nas TVs da Alemanha. Eles mostram sempre a previsão nas regiões alemãs e depois em Maiorca!!?!

E olhem também como a cerveja é servida nos locais que visitamos, bem como qual a cerveja tomada...




Fora as cervejas de metro, que fazem as pessoas se comportarem de maneira um tanto quanto inadequada.


Maiorca possui diversas belezas naturais, das quais infelizmente não desfrutei muito. Acontece que tenho um amigo (ou melhor, conhecido, que é AMIGO mesmo do Aytekin, que trabalha comigo) que mora em Maiorca. Ele iria me apresentar ao menos a capital, Palma de Maiorca. Mas ficou enrolado com trabalho, mudança, visita do irmão e etc. e não pudemos nos encontrar. Mas para não dizer que não vi nada, segue a vista da minha sacada, tanto de dia quanto de noite.



E não ficamos também apenas bebendo o dia inteiro, que é o que fazem a maioria dos alemães. Fomos também à praia!


Por fim, como não podia deixar de ser, encontrei alguns brasileiros perdidos por lá.


Bom, só com fotos não consigo mostrar o quanto me diverti por lá. Afinal, a viagem foi pra mim algo completamente diferente do que havia feito até então aqui na Alemanha, visto que em geral viajo principalmente para conhecer lugares e realmente não posso dizer que agora conheço Maiorca... Espero poder voltar lá para apreciar a cidade em si, mas de qualquer maneira, essa é uma viagem que não esquecerei!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Mais de Berlim

Saindo do Zoológico fomos visitar uma praça onde podem ser encontrados partes do muro de Berlim, onde placas contam um pouco de sua história.


Lá um homem, trajando uma farda como os antigos soldados da DDR (a Deutsche Demokratische Republik, que é a Alemanha Oriental), possuía cópias dos carimbos que representavam os vistos necessários para sair da parte oriental de Berlin e adentrar a ocidental. Ao todo são 7 vistos, que por 3 euros ele carimbava numa folha que representa uma página do passaporte.



Nos arredores encontra-se também a Legoland, que não entramos, pois tinha que pagar. Mas segue foto da entrada – onde se pode observar uma figura de Albert Einstein construída em lego – e de uma girafa de lego, que fica do lado de fora, em frente ao prédio.



Visitamos em seguida o Checkpoint Charlie, nome dado pelos aliados a um posto militar entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental durante a Guerra Fria. Os nomes dos postos seguiam o alfabeto fonético da OTAN (Alpha, Bravo, Charlie, Delta, Echo...).Entre 1961 e 1990 0 Checkpoint Charlie era a única passagem para estrangeiros entre Berlin Oriental e Berlin ocidental.


Infelizmente na foto que tirei não é possível ver, mas no lado ocidental era possível ver uma imagem de um soldado soviético, e no lado oriental, a imagem de um soldado americano.

Por fim resolvi tirar foto também com um dos famosos Ursos Berlinenses. Acontece que, por conta do Imperador Alberto I, conhecido como Alberto o Urso (Albrecht der Bär), o urso passou a ser o símbolo de Berlim, conforme o símbolo abaixo, que pode ser encontrado tanto na bandeira quanto no brasão da cidade.



Não sei dizer ao certo quando o projeto se iniciou, mas atualmente dezenas (ou até centenas) de esculturas de urso em fibra de vidro podem ser encontradas por toda Berlim, decoradas com as mais variadas pinturas. E essas esculturas são conhecidas, como disse, por Ursos Berlinenses (Berliner Bären).


A menos das fotos que não tirei por falta de bateria e ainda não recebi de meus colegas, isso é tudo sobre minha visita à capital alemã. Em breve espero complementar com essas fotos e trazer também as novidades de minha viagem à Maiorca, que será nesse feriado de Corpus Christi.

domingo, 18 de maio de 2008

Carnaval da Cultura + Zoo Berlim

Na noite do sábado (10 de Maio) fomos para uma festa, que era como uma feira multicultural. Todos haviam viajado naquele dia e estavam cansados, então basicamente ficamos em um lugar, apenas conversando. Abaixo duas fotos nessa festa, sendo uma de uma barraca brasileira.



Na tarde do sábado, logo depois do almoço, mas antes de sairmos para conhecer Berlin, havíamos preparado nossas fantasias para o desfile. Isso mesmo, o Carnaval da Cultura consiste basicamente no desfile que é realizado no domingo, nas ruas de Berlin. Haviam outros 2 brasileiros lá e todos utilizamos as cores do Brasil o máximo possível.


A Jin (trainee da China) com ajuda de 2 outros trainees fez um daqueles dragões, típicos dos desfiles chineses.


desfile é composto por dezenas de caminhões, cada qual com seu equipamento de som e uma placa com o nome do grupo (ou país) que representa e será seguido pelos integrantes, que normalmente realizam algum tipo de dança/coreografia. Os caminhões possuem também números, segundo a ordem que desfilarão. O nosso era o número 82.

Como muitos tem que esperar sua vez para o desfile, alguns aproveitam para ensaiar. Seguem algumas fotos.








E tinha um grupo que veio tocando uma bateria de samba completa, com um cara cantando samba, EM PORTUGUÊS, em cima do caminhão.





E nós fizemos obviamente as coreografias das danças da AIESEC (os chamados Roll Calls). Seguem dois exemplos clássicos: “Tunak Tunak Tun” e “Cotton Eye Joe”.



Saindo do desfile voltamos para a faculdade e ajudamos a arrumar tudo, devido à bagunça na confecção das fantasias e mais as coisas que foram levadas para o desfile (caixas de som, placas, enfeites, etc.). Eu (bem como metade do grupo) estava tão cansado que resolvi não sair naquela noite. Afinal, havia combinado com um pequeno grupo, que ficaria, assim como eu, até a tarde de segunda em Berlim para irmos ao Zoológico.

Acordei na segunda às 7h da manhã. Arrumei minha mala e fui, junto com o Federico (argentino) e a Jin para o lugar combinado, onde encontraríamos a Marlies (venezuelana) e a Alexandra (tcheca, salvo engano). Estava marcado para as nove, mas no horário AIESEC isso é relativo... Conseguimos chegar no Zoo por volta das 10h.


Construído em 1844, ele é o mais antigo zoológico da Alemanha é considerado o maior do mundo em número de espécies e animais. Um que me chamou a atenção foram os pingüins africanos. Afinal, na minha ignorância, eu nem sabia que havia pingüins na África.


É interessante também ver que a maioria dos animais não se encontra enjaulados. Isso inclui algumas espécies de aves, que por vezes são vistas voando livremente por sobre nossas cabeças.





Mas a atração que desperta maior curiosidade do público é ainda o Knut, o filhote de urso polar. Na verdade ele já não é mais um filhotinho, mas os ursos polares são realmente interessantes.





Na saída do Zoo vimos como foi bom acordar cedo. A fila para entrar estava quilométrica!


Ainda tínhamos algumas horas em Berlim, antes do horário de nosso trem. No próximo post publico as últimas visitas realizadas na magnífica capital da Alemanha...

Berlim

No final de semana passado ocorreu em Berlim o Carnaval da Cultura (Karneval der Kulturen), evento multicultural promovido anualmente pela cidade, desde 1996, sempre no feriado de Pentecostes, que é celebrado no 50º dia após a páscoa.

A AIESEC de Berlin resolveu realizar uma recepção (como as que participei em Munique, Aachen, Jena, Munster...). Era então a minha chance de finalmente conhecer a não somente mais famosa cidade da Alemanha, como segunda mais populosa da Europa, atrás apenas de Londres.

A Jin, nova trainee da AIESEC de Koblenz, vinda da China, foi comigo. Pegamos um trem noturno, para chegar lá bem cedo no sábado e aproveitarmos assim o máximo possível. Procurei o mais barato possível e o melhor acabou sendo um que iria por Hamburgo, o que fez a viagem durar das 1h da manhã até as 9h!

Finalmente lá, seguem as primeiras fotos que tirei ainda nos arredores da estação central de trem de Berlin, antes de nos juntarmos aos demais na faculdade. A primeira é a própria estação central de Berlin (Berlin Hauptbahnhof) e a última o prédio do parlamento alemão (Reichstag).







Ainda caminhando em direção à faculdade passamos pela Coluna Triunfal (Siegessäule). A mesma foi construída para comemorar a vitória na guerra da Prússia contra a Dinamarca, em 1864. A figura dourada que representa a Vitória foi colocada no topo da coluna depois de outras vitórias prussianas, em batalhas contra a Áustria (1866) e a França (1871). No topo há um terraço que oferece uma magnífica vista da cidade, mas não chegamos a subir.


Passamos também por um dos marcos mais famosos de Berlim: a “Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche”, que é uma igreja-monumento em estilo neo-romântico, inaugurada em 1895 e bombardeada e 1943. Depois da guerra os destroços foram removidos e ficou apenas a torre da frente, em cuja base se situa o “Gedenkhalle” (Salão Memorial). Reparem no telhado da torre, cujos danos foram deixados conforme o resultado da 2ª guerra.


Chegando à faculdade conhecemos os outros trainees que se inscreveram para essa recepção em Berlin. Lá almoçamos e depois fomos divididos em pequenos grupos para fazer um passeio turístico, assistido por guias locais.



Fomos primeiro para a Alexanderplatz, localizada no centro oriental de Berlin.


Lá o primeiro destaque é para a Fernsehturm, uma torre de televisão que é, com seus 368 metros de altura, a construção mais elevada da cidade e quarta mais alta da Europa. Além de sua função como torre transmissora, ela abriga uma plataforma de observação e um “café giratório”, de onde a cidade pode ser observada enquanto se saboreia um cafezinho, sentado à janela. Uma volta inteira lava cerca de meia hora e, em dias claros, a visibilidade chega a 40 km de distância.


Outro destaque é para o Weltzeituhr, relógio que mostra as horas do mundo todo.


Visitamos diversos outros locais, como o Dom Spreeinsel, uma catedral localizada na ilha do rio Spree e o Portão de Brandemburgo, que também contempla uma imagem da Vitória, deusa da vitória.



No portão tentamos tirar uma foto em grupo, mas o alemãozinho para quem pedi era meio nó cego.

Infelizmente do resto desse passeio, bem como do piquenique que fizemos eu não tenho fotos, pois a bateria da minha câmera havia acabado e esqueci de levar a reserva comigo. Assim que tiver as fotos dos outros eu publico essa parte. Voltei a bater fotos à noite, quando fomos há uma feira noturna, que já fazia parte das comemorações do Carnaval da Cultura, que publico na próxima postagem, junto com a visita ao Zoológico de Berlim.