sábado, 26 de janeiro de 2008

Ainda à procura

Na terça fui à reunião da fraternidade, que havia sido convidado. A reunião era para montar o calendário deles para esse semestre. No fim das contas eram sim um grupo de católicos, que contava até com um membro em seus 50/60 anos, já com cabelos e bigode branco.

Sentados à mesa discutiram as possibilidades de datas para todos os compromissos do semestre, levando em conta as provas da faculdade e demais datas pertinentes, sempre tomando uma cervejinha.

Refletindo um pouco sobre o assunto mais tarde, lembrei que já haviam me falado que algumas empresas aqui na Alemanha servem um copo de chope no almoço, para os que desejarem. E se é aceitável beber no trabalho, porque em uma reunião de fraternidade, só por ser de católicos, não poderia?

A possibilidade de conseguir uma vaga lá ainda existe – talvez até seja maior por ter conhecido vários deles e descoberto que um membro da AIESEC daqui, o qual eu conheço, já morou lá – mas não posso contar com a sorte. Já vi que há novas ofertas de casas disponíveis no site e amanhã devo fazer mais algumas ligações.

Fora conseguir um aluguel mais barato (que ainda é possível), um jeito que encontrei de reduzir minhas despesas é não comprar mais o ticket mensal para o ônibus, passando a ir ao trabalho de bicicleta, já que ganhei uma do pessoal da AIESEC. A idéia era fazer isso já em fevereiro, quando meu ticket atual vence. No entanto o inverno, que vinha colaborando bastante ultimamente – fazendo em média uns 12 graus – voltou a atacar, baixando novamente para uns 5, o que pode não ser tão frio, mas pra andar de bicicleta...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Notícias novas

Já estamos no dia 22 de janeiro e ainda não publiquei nenhuma notícia atual. Então vamos começar!

Ao fim do ano passado meu chefe me perguntou se queria prolongar meu contrato (que seria até 20 de fevereiro), ao que respondi positivamente, condicionando o fato à contratação de um estagiário que me auxiliasse nas tarefas mais maçantes.

Encurtando a história, ele disse que um estagiário já estava a caminho e, semana retrasada, recebi um email do RH para que fosse assinar um novo contrato o qual, segundo minha solicitação, foi prolongado até 15 de junho. Isso me deixará algum tempo para viajar após o término do traineeship, pois minha passagem para o Brasil é dia 26 de junho.

Com isso surgiu um novo “problema”. O contrato de aluguel na república que estou morando é apenas até fevereiro! Isso implica que preciso encontrar urgentemente uma moradia. E o que torna esse trabalho complicado é o fato de precisar de um lugar apenas para 3 meses e meio...

Num site alemão próprio para ofertas e procuras de moradias, indicado pelo Ralph (um colega de trabalho) pesquisei por conta própria os locais disponíveis, checando primeiramente o custo, data que estará disponível e localização. Apenas 6 se encontravam em um local mais acessível para mim e com preço razoável. Desses, 2 são inclusive mais baratos que o valor que pago atualmente. Comecei obviamente por eles.

A primeira casa que fui visitar era bem legal. Limpa, razoavelmente organizada, apenas 3 quartos (atualmente moro em uma com 4), chuveiro e vaso em banheiros separados, cozinha boa, etc. Preço? Cerca de 200 euros, quase 30 a menos do que pago onde estou. Problema? A menina que está saindo não pretende voltar, o que significa que, para eu sair, tenho que encontrar alguém para ocupar o meu lugar! Portanto, inviável.

Ontem fui visitar outra. Cheguei um tanto desconfiado, pois custa apenas 120 euros por mês! Lá funciona assim: a república conta com 2 apartamentos (um no 2º e um no 4º andar) e tem ainda uma sala de festas no subsolo, mais um depósito e máquina de lavar e de secar. A cozinha é boa e, se estiver ocupada, posso usar a do outro apartamento. O quarto também é bom, com cerca de 15 metros quadrados e também tem 2 banheiros por apartamento, um completo e um apenas com vaso e pia. Tem ainda uma sala de TV, com DVD e tudo. E porque é tão barato? Por que pertence a uma espécie de fraternidade, de um grupo de católicos pelo que entendi.

Lá tem 2 quartos disponíveis, pois 2 estão saindo para fazer um intercâmbio por 6 meses, o que significa que voltarão, eliminando o problema que surgiu com o outro apartamento. Mas então porque ainda não fechei um contrato? Eles estão evidentemente procurando alguém que fique os 6 meses, me colocando então numa “lista de espera”. Mas o sujeito que me mostrou o apartamento disse que tenho grandes chances de conseguir o local. E quando disse a ele que apesar da notícia ser boa não chegava a me tranqüilizar, visto que não tenho garantia nenhuma de ter uma moradia para março, ele disse ainda que, em último caso, eles têm um pequeno quarto no sótão, onde eu poderia ficar.

Pra completar, disse que eu poderia voltar lá hoje, que haveria uma reunião e eu conheceria assim os demais. Perguntei como seria essa reunião e ele disse que sentam à mesa, discutindo algum tema e tomando cerveja. Realmente, reparei vários engradados de cerveja pela casa... E quando contei a história pro Ralph ele me fez uma pergunta muito pertinente: “Tem certeza que é um grupo de CATÓLICOS?”. Bom, não tenho. Mas descubro isso essa noite...

sábado, 19 de janeiro de 2008

Ano novo em Praga

Na região da Praça da Cidade Velha (a Staré Město) tem uma torre que oferece uma bela visão do alto do centro da cidade. Pode-se subir pelas escadas, mas tem também um elevador. Como o preço é o mesmo em ambos os casos, fomos de elevador, que por sinal era bem interessante. Tinha formato cilíndrico e paredes de vidro, e subia pelo centro das escadas, que são em formato helicoidal (ou espiral pra quem só conhece a palavra errada...).


Do alto, uma foto da cidade, uma da praça (com a feira de natal – as casinhas vermelhas – que não faz parte da decoração cotidiana do local) e mais 2, das igrejas mais próximas.





E já estávamos no dia 31 de dezembro! A noite nos encontramos novamente com o pessoal da AIESEC de Praga e, como no dia anterior, jantamos juntos no mesmo restaurante.


Depois disso fomos todos para o alto de uma montanha, onde viramos o ano assistindo os fogos de artifício em posição privilegiada! Abaixo seguem fotos da cidade à noite (que era a visão bem à nossa frente) e do castelo de Praga (que estava à nossa esquerda).



O tempo estava frio, mas isso não nos impediu de comemorar a virada com um espumante, que para gelar simplesmente deixamos no chão por um tempo.


Por fim alguns ainda emendaram uma balada, mas na rua a bagunça era tanta que a idéia não me tentou o suficiente. Resolvi encerrar a noite e voltar para o albergue, mas não sem antes registrar o lado soturno de “Praga pós virada de ano”.

E assim terminou minha viagem, voltando então para Augsburgo no dia 1º (com o mesmo esquema de ticket de grupo) e de lá, de volta à Koblenz no dia 2. Finalizo com uma foto da vista da minha janela, no albergue de Praga, de onde registrei a neve caindo no primeiro dia do ano.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Um pouco sobre Praga

Demorou “um pouco” mais do que o previsto, mas cá estou eu de volta para finalmente falar sobre Praga. Para a viagem, novamente pudemos usar o ticket de grupo da Baviera, que nos levava até a cidade de Pilsen, na República Checa. Aliás, essa cidade não por acaso trás o mesmo nome to tipo de cerveja mais consumida no Brasil, pois foi lá que foi inventada! De Pilsen, por 3 euros seguimos viagem, no mesmo trem, até Praga.


E já na viajem para lá tivemos uma amostra de quão cheia a cidade estaria no ano novo. Abaixo seguem imagens do trem, onde alguns de nós passamos a viagem toda no corredor! Mas sem perder o típico alto-astral brasileiro...



Praga é de uma beleza simplesmente indescritível e de uma imensa riqueza histórica também! Considerada o centro político, histórico e cultural da Republica Checa ao menos nos últimos 1100 anos, conta também com histórias extremamente recentes, como o retorno, no ano passado (após 379 anos!) do Codex Gigas, o maior manuscrito medieval do mundo, que estava até então sob posse da Suécia, em Estocolmo.


E falando apenas em história recente, Praga foi ainda o centro da “Revolução de Veludo”, ao final de 1989, que depôs o governo comunista e resultou, em 1993, na separação da então Checoslováquia em República Checa e Eslováquia, tornando-se então a capital desse novo país.


Mas chega de história e vamos às fotos. Com auxílio de uma guia turística que oferece seus serviços em troca de gorjeta ao fim da jornada, fomos conhecer a cidade. Abaixo algumas dos arredores da Praça da Cidade Velha (ou Staré Město).






A última foto se trata do Orloj, um relógio astronômico medieval. Ele possui um mostrador astronômico, representando a posição do Sol e da Lua no céu, além de mostrar vários detalhes celestes. De hora em hora ele apresenta nas janelas ao topo as figuras dos apóstolos passando. Tem ainda um mostrador-calendário com medalhões representando os meses.


Ele foi construído na parede sul da Prefeitura Municipal da Cidade Velha. Por conta disso sofreu muitos danos nos últimos dias da 2ª Guerra Mundial quando os alemães atacaram esse prédio. Toda a área foi queimada, junto com as esculturas de madeira do Orloj, assim como a face do calendário. O maquinário autêntico foi concertado e o relógio voltou a funcionar em 1948.


A parede da prefeitura traz uma enorme placa com, até onde me lembro e segundo nossa guia turística, nomes de pessoas que morreram nesse incêndio.




Continuando nosso passeio, ela nos contou a história do gigantesco metrônomo situado no alto da cidade, ao norte do rio Vltava. Ele foi construído em 1991 em homenagem aos numerosos ícones musicais provindos dessa cidade. Ele supostamente mostraria o “batimento cardíaco” de Praga... mas segundo a guia o que ele mostra mesmo é a situação financeira de lá, visto que para movimentá-lo é necessária muita energia e, quando a cidade vai mal das pernas, eles simplesmente desligam o metrônomo. Muitos ainda dizem que ele só foi construído para ocupar o espaço onde, até 1962, estava uma estátua de 17 toneladas do Stalin, levantada em 1955. Enfim...


Vimos mais algumas coisas e fomos então para a famosa ponte Charles. Estava completamente LOTADA de turistas! Ela é uma ponte para pedestres e possui diversas estátuas de ambos os lados.


Para tirar uma foto com a paisagem sem aparecer outros 30 desconhecidos comigo, precisei ir bem para o canto da ponte.

Tinha uma estátua que todos paravam para passar a mão e tirar fotos, normalmente dos dois lados da estátua. A nossa guia contou que a lenda começou com algum guia que inventou algo como, se você quer casar, passe a mão do lado direito da estátua que em até um ano você encontrará alguém. Depois outro guia veio e pensou: “qual era mesmo a história?”. Então ele disse que se passar a mão do lado esquerdo você conseguiria um emprego melhor (por exemplo). Depois outro disse que passando a mão do lado direito você com certeza ainda voltaria à Praga, e assim por diante...

Resultado: hoje cada um fala uma coisa (ou fazem como a nossa guia, que fala tudo) e todos sempre passam a mão.



Depois fomos ao Castelo de Praga (ou Hradcany). Ele fica numa parte alta da cidade. E dá-lhe escadarias...


E no topo das escadas, um vídeo com a vista.



Na entrada, algo que até então não havia visto ao vivo. Um daqueles guardas que são obrigados a ficar em pé, em frente ao portão, sem se mover ou dar risada. Mas esse era difícil de fazer rir. Todo mundo que conheço que foi à Inglaterra ficou provocando e contando piadas pros guardas. Mas em checo a coisa fica complicada! Contentei-me em apenas bater uma foto ao lado dele.


Lá no castelo que fica a monumental Catedral de São Vito. Ela poderia ser apenas mais uma das, salvo engano, 124 igrejas da cidade. Mas nela podemos observar algo extremamente incomum. Sua obra, iniciada em 925, tem um evidente estilo gótico. No entanto, até meados do século 15 a igreja ainda estava pela metade. Sua continuação sofreu então a influência do Renascentismo e por fim do Barroco.


Repare primeiro no canto direito da foto, que pega parte da construção inicial, depois no estilo das janelas ao centro e por fim no topo da torre central.


E em frente à igreja fica o local onde o presidente da República Checa realiza seus discursos.


E uma foto da galera, de frente pra parte mais antiga da catedral.


À noite foi a Festa do Tram (bonde). Pois é, alugamos um Tram para nós, levamos nossa bebida e passeamos pela cidade, cantando e festejando dentro dele. A idéia em si não é nada mal. Mas se não fosse pelos brasileiros e nossa animação, essa festa não teria graça nenhuma!







A visão do topo da torre no centro da cidade e as fotos do ano novo ficam pra próxima...

sábado, 12 de janeiro de 2008

Um pouco mais de Munique

Para voltar da Áustria compramos novamente o ticket de grupo da Baviera. Como podemos andar o dia todo com esse ticket, ao invés de ir direto para Augsburgo, onde dormiríamos nessa noite, passamos primeiro por Munique, que era caminho e paramos por lá.


Eu já havia estado lá, durante a Oktoberfest, e já havia passeado pela cidade. Mas como tem muita coisa pra ser vista por lá e é uma cidade realmente muito bonita, fiquei feliz por ter sido incluída em nosso roteiro.


Não pretendo me alongar muito nessa postagem, pois já falei sobre esse local. Então seguem fotos da fachada do Nationaltheater , da Theatinerkirche (ou Igreja de São Caetano) e do interior da igreja.





Nos arredores da Marienplatz, que já mostrei na postagem sobre a Oktoberfest, tem uma torre que se pode subir para observar a cidade do alto. E lá fomos nós.


Na primeira foto é possível ver a antiga prefeitura (Altes Rathaus) no canto direito, com uma torre alta. Na segunda foto, a nova prefeitura (Neues Rathaus) que fica na coluna central do edifício e na terceira uma bela visão da Frauenkirche, a qual não havia conseguido ainda nenhuma foto boa.







Mas nem tudo são flores... Ao fundo, onde fica a zona industrial da cidade, a imagem parece mais com Cubatão.


Para subir nessa torre custam apenas 2 euros (e apenas um se você for estudante). Mas também não tem elevador. E a escada tem trechos tão apertados que por vezes tivemos que esperar num canto enquanto um grupo que descia passava por nós para depois prosseguirmos com a subida.


Descer ao menos foi mais fácil, visto que já havia escurecido e haviam pouquíssimas pessoas que ainda queriam subir. De qualquer forma fiz um vídeo para mostrar o caminho percorrido.




Agora só falta contar de Praga e do ano novo. E como finalmente a internet voltou a funcionar aqui em casa (com uma pequena grande contribuição do Rodrigo... valeu!!) é capaz de que eu publique amanhã mesmo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Viagem à Áustria

Na Alemanha normalmente pode-se comprar tickets regionais, com os quais é permitido pegar qualquer trem (local, não os rápidos!), tram (bonde) ou ônibus o dia todo. Na região da Baviera não é diferente e, além de ser uma região bem grande, o ticket permite ainda viagens para algumas cidades de países vizinhos, como Pilsen, na República Tcheca e Salzburg, na Áustria. Tudo isso por 25 euros, para ser usado por até cinco pessoas (ticket de grupo). Fomos então à Salzburg, em 10 pessoas, saindo a viagem a bagatela de 5 euros por pessoa.

Salzburg é a cidade natal de Mozart, um dos maiores orgulhos nacionais austríacos. Após nos alojarmos no albergue que dormiríamos (na noite do 27 para 28 de dezembro), iniciamos nosso passeio pela Mozartplatz, onde bem ao centro encontra-se uma estátua adivinha de quem?



E é lá também que fica o Salzburger Museum, que não chegamos a entrar, até porque n ao teríamos tempo.


E mais um pouco dos arredores...




Fomos então ver de perto o Castelo de Hohen, situado no alto de uma montanha, podendo ser avistado de longe. Tinha 2 possibilidades: subir de escada ou pegar um bondinho. O bondinho era pago...




Chegando ao fim das escadarias, uma primeira visão da cidade.
Dentro do castelo uma verdadeira cidade, que hoje funciona como um centro turístico, com várias atrações. E uma cidade nada pequena, diga-se de passagem.



E como uma cidade fortificada tinha até janelas com canhões.

E tem a história do boi também, que por preguiça de escrever, vou colocar a foto do quadro que contava a história.


Agora dentro do castelo, imagens ainda mais bonitas da cidade vistam do alto.




Mas ainda podia ser melhor! Subimos em uma torre de observação, que faz parte de um dos passeios turísticos que o castelo abriga. Agora sim!!





No dia seguinte visitamos ainda a casa onde Mozart nasceu...



E também a que ele morou.

Esta funciona como um museu, o qual também tinha uma lojinha que vendia artigos relacionado ao Mozart, como o famoso chocolate austríaco de mesmo nome e caixinhas de música que, ao girar a manivela, tocavam um trecho de alguma de suas obras mais famosas.



Por fim, fomos ao Schloss Mirabell, outro belo castelo, que possui ainda um belo jardim, o Mirabellgarten.






Perceba que na última fotos entramos na fonte, cuja água estava completamente congelada.

E pra não dizer que não brincamos nesse passeio, uma das atrações do Castelo de Hohen é o Welt der Marionetten, um museu dedicado à historia das marionetes. E lá havia uma que podíamos mexer…