terça-feira, 21 de agosto de 2007

A viagem para Aachen

Voltando a falar da terra onde um fiestinha vale quase 20 mil euros, conto agora sobre minha viagem para Aachen, cidade fundada entre os séculos 1º e 2º pelos romanos e escolhida por Carlos Magno para morar, no século 8º.

Na Alemanha existem basicamente 2 tipos de trem: o regional e o expresso. O regional funciona como um metro, mas cruzando o país. Ele para em todas as estações pelo caminho, tornando a viagem mais demorada. O expresso é mais rápido, pois não para em todas. Mas também é mais caro. Se comprar a passagem de ida e volta do expresso com antecedência é possível pagar por volta da metade do valor, tornando-se assim mais barato que o regional.

De qualquer maneira, peguei o regional, e tive que fazer baldeação em Köln (Colônia). Já no primeiro trem, que saia pelo trilho 2, ouço a voz no falante: “Gascheigfs bla bla bla verspätet bla bla zehn Minuten”. Ok! Deve atrasar 10 minutos...

Passados 5 minutos, novamente: “Hatzscheif bla bla bla... Gleis fünf bla bla”. E todos começam a ir embora. Pelo que entendi o trem tinha sido cancelado e outro sairia pelo trilho 5. Mas será que eu podia pega-lo? Afinal eu faria conexão! FERROU!

Corri pro centro de informação (eles falam inglês) e perguntei o que fazer. Mandaram-me pegar o trem do trilho 5 mesmo e me passaram instrução para uma nova conexão, pois perderia a minha. BELEZA!

Peguei o trem (quase perdi porque a porta estava fechada e esqueci que tem que apertar o botão para abrir, afinal não estava no metrô) e foi tudo sossegado... até chegar em Köln.

Em Köln consegui achar o trilho que saía a conexão, mas novamente ouvi nos falantes: “Gfhafrieg bla bla bla verspätet bla bla”. Que mer%$! A estação de Köln é muito grande, não podia sair passeando à procurar da central de informações. Tive que perguntar à um dos caras do metro, ali mesmo, em alemão. Evidente que não conseguia entender a resposta, mas pedi que escrevesse no papel. BELEZA de novo! Pena que esse novo trem não chegaria até a estação mais próxima do local que eu iria, precisando ainda, ao chegar em Aachen, achar o ônibus certo.

No trem conheci uma senhora (que também não falava inglês – os jovens quase todos falam, mas os mais velhos nem todos) que também desceria em Aachen. Fiz amizade e ela me ajudou, quando descemos, a achar o ônibus. Com mais a ajuda de um estudante com quem ela conversou no ponto de ônibus e que também pegaria esse ônibus, consegui FINALMENTE chegar ao local!

Bom, o local era um acampamento. Ficamos alojados em barracas e dormimos em sacos de dormir (já havia arrumado um emprestado).




















A noite de sexta teve uma baladinha e, de manhã, separamo-nos em times (eram uns 60 trainees do mundo todo, separados em uns 10 times) e cumprimos pequenas tarefas, que eram apenas um pretexto para conhecermos os vários pontos turísticos de Aachen, tal como a fonte de água, já apreciada pelos romanos, cuja lenda diz que a cada copo tomado, adiciona-se um mês de vida.
































Eu devo ter ganho um dia ou dois, pois foi quanto consegui beber dessa água fedida!! Depois visitamos uma porção de outros locais como a antiga entrada da cidade, a faculdade, etc...





















































Teve ainda uma fonte que visitamos onde podia-se alterar o formato de todas as estátuas.


E, finalizando o dia, a Pfalz, ou Capela Palatina onde se encontra o Trono de Carlos Magno, seu santuário, o candelabro que ganhou de presente do imperador Frederico I (o Braba Roxa) e ainda a Lothakreuz, uma cruz super valiosa, mas que tinha que pagar pra ver então não tenho foto...


















Do lado de fora da Igreja há ainda uma miniatura da mesma.














No dia seguinte fomos ao local onde a Bélgica, a Alemanha e a Holanda se encontram. Mas como minha câmera caiu no chão e não está mais funcionando, preciso esperar alguém me mandar as fotos para poder publicá-las.

2 comentários:

Nélia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nélia disse...

Meu filho querido,
Que saudade!!!
Adorei seus comentários de hoje. Esse é o meu Rogério: se virando, se comunicando de todas as formas, e estabanadinho (como a mami!!!).
Que pena que vc quebrou sua máquina. Espero que consiga consertar logo, pois tenho certeza que fará muita falta.
Apesar de sentir muito a sua falta, estou feliz em "ver" (esta maravilhosa internet!) que você está aproveitando e curtindo cada momento.
Estou acompanhando tudo com muito orgulho.
Só estou sentindo falta de seus comentários sobre sua alimentação. E o arroz? Já conseguiu fazer?
Quero saber também sobre o trabalho.
Espero que consiga tempo para escrever sobre tudo.
Um grande beijo. Te amo!
Mami